sábado, 1 de junho de 2013

A Distância, o Tempo e a Saudade...

Qual seria a unidade de medida da saudade ? Não sei responder, pois quando vejo meu filho pronto para partir embarcado em um ônibus eu já tenho saudades, mesmo que ainda esteja ao alcance do meu olhar e não tenha se passado nem um minuto do nosso caloroso abraço. 
Saudade é uma palavra difícil de ser explicada, e mais difícil ainda de ser sentida. Talvez as palavras de um ótimo professor que tive explique tudo, ele dizia que algo que não pode ser medido não pode ser gerenciado, logo imagino que esse sentimento é totalmente descontrolado.

E se a saudade pudesse ser materializada ? Qual seria sua face ? Um rosto triste ou uma cara alegre com uma lágrima escorrendo ? Não sei também, só sei que a força com a qual aperta o coração seria na mesma intensidade!

Estou feliz, muito feliz, pois aprendi que saudade tem tipo. Existe a saudade mesquinha, aquela a qual sentimos porque queremos, totalmente desnecessária, saudades de um tempo que não volta mais, saudades de uma coisa que já não temos, saudades de um lugar que muito provavelmente não veremos mais. Existe também um tipo de saudade que dói mais, aquela saudade de alguém que nunca mais veremos.
A que sinto pelo meu filho é de um outro tipo, ainda que dolorida na sua essência tal qual as demais, pois sei que ele está fazendo o que gosta, sei que está bem, sei que está feliz. 

Talvez devêssemos encarar a saudade como um sentimento bom, já que não sentimos saudades de  coisas ruins que nos acometeram, ou por pessoas que passaram em nossas vidas e que de alguma forma nos fizeram sofrer.

Posso concluir com isso que saudade não é medida por distância nem tempo, saudade é medida pelo tamanho do amor que sentimos por aquilo/aquele que gostaríamos que sempre estivesse ali, ao nosso alcance!

Um comentário:

Rodrigo Moncks disse...

Bah, pai! Mesmo depois de teres parado de postar aqui, no longínquo 2011, continuei eventualmente vindo, procurando por um novo texto. Eventualmente o costume se perdeu, e pensei que não veria mais tuas palavras por aqui. Sorte que ocasionalmente voltei, e (antes tarde do que nunca!) vi teu texto. Impossível concordar mais contigo sobre a saudade, um dos sentimentos que mais machucam os que vivem longe dos que amam. A saudade do que passou, do que vivi- ou deixei de viver - ou de qualquer outra coisa para qual eu utilize tal palavra, parecem estar cometendo uma blasfêmia perto do que sinto por não ter vocês do meu lado. Mas, apesar de ter visto isso quase três meses depois de teres postado, veio a calhar: daqui a duas semanas estaremos reunidos novamente, e a saudade, ela que se encolha por um tempo.

Espero que postes mais por aqui, e que me avise quando postar!

Um beijo.