segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Salvem a si mesmos (Por Rodrigo Moncks)

        Ao longo da história da humanidade, o planeta Terra sofreu com muitos tipos de impactos ambientais. Passando pela era do gelo às grandes inundações, vários dos problemas foram de certa forma superados pelo meio ambiente. Portanto, a humanidade, apesar de abusar de muitos dos recursos naturais, deveria deixar de se considerar um potencial “finalizador” de um sistema que vive por 4,5 bilhões de anos. Como já disse o crítico George Carlin, quando realmente formos uma ameaça à terra, ela apenas nos eliminará, como já fez com outras espécies.

        Mais de 90% de todas as espécies que já viveram no mundo hoje em dia estão extintas. Dessas, quantas foram por culpa do homem? Poucas. O mundo está em constante desenvolvimento – e até melhoria – independente das ações humanas. O desejo de salvar cada espécie existente é, de certa forma, uma interferência no ciclo da natureza. É comprovado que, 25 espécies que hoje existem, amanhã estarão extintas; 25 por dia. Por que devemos tentar mudar o que a Terra, como organismo, faz há muito tempo antes de existirmos? Dos 4,5 bilhões de anos de existência do planeta, existimos como espécie a aproximadamente 200 mil anos; E a apenas 200 anos estamos engajados com indústria pesada. Seremos nós tão ofensivos a este organismo?
        A verdade é que não nos importamos com o planeta; Ele estará sempre aqui. A real preocupação do ser humano é não poder habitá-lo; Temos o medo de que a Terra não esteja mais apta – ou até disposta – a nos receber. Queremos, todos, salvar a nós mesmos. Portanto, o mundo que desejo viver é exatamente este mundo em que vivo. Desejo, acima de tudo, aproveitar o tempo que resta à nossa espécie neste auto-suficiente organismo. Porque, um dia, podemos estar entre as 25 extintas.

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